quarta-feira, fevereiro 08, 2006

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O sol tinha acordado antes dos olhos vazios do professor. Poder-se-ía dizer que o dia ía aí pelas sete horas. A posição dos raios denunciava a ordem certa dos ponteiros nos relógios que viviam espalhados pela casa, alheios às urgências de não ser hora certa, quer os acontecimentos houvessem de ser de alegria ou de uma qualquer outra cor.
A certeza de que o dia ainda estava jovem chegou-lhe com as pancadas leves na porta que o privava da distância imposta aos outros.Três, uma pausa, mais uma e finalmente outras três.O código funcionava mais uma vez.A criada da casa tinha um fascínio especial pelos números um e três.Dizia que o primeiro era a representação da unidade, por isso, acreditava que a unidade era Deus simbolizado; o outro, a representação do Espírito Santo. Havia quem jurasse que em algum tempo tinha ouvido as pancadas de Moliére e que de alguma forma as tentava imitar.
-Entra- disse com voz de quem não quer dizer coisa alguma.

2 Comments:

Blogger mfc said...

E assim entrei eu aqui neste teu espaço!
Mais tarde ou mais cedo o bichinho iria fazer parte de ti! Bem vinda a este mundo, que já conheces bem.
Um beijo e um Xi de parabéns.
Até já.

1:00 da manhã  
Blogger Xinha said...

Espero que tenha continuação... ;)

7:15 da tarde  

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